(s/ título)
Ouve: do soar a hora até ao final do tempo transcorre aquela eternidade que parece ínfima. Sendo os rios fios inermes, sendo o mar apenas um lago, sendo a vasta montanha, montículo de terra e lixo. Sufoca-se debaixo deste céu, debaixo de todas as estrelas agonizantes. As gentes desvairadas e desabridas nos modos e na palavra. Tudo é vão como sempre foi e o derradeiro não acrescenta nada à estagnação universal. Pensais que o apocalíptico apontamento é fruto da derrisão da alma, apenas, no entanto, s'afirma que o último dos homens não quer persistir, que mesmo o cosmo se cansa e que o olvido é, afinal, o moto perpetuo, aquilo que apenas importa quando o mais soçobra. Enquanto isso, respira & goza, aprende os caminhos da amizade, joga com as cambiantes do ser como o antigo lançar dos dados. |
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