29 maio 2006
(s/ título)
Sertório Sete Dedos, incontesto larápio-mor da região. Tanta mestria no seu mester que logrou surripiar o coração da amada. Infelizmente, esta súbito sucumbiu por evidente falta fatal do músculo vascular.
18:11 | 0 Comentários

25 maio 2006
Retalhos #5
... nem há vício sem suplício.
22:54 | 0 Comentários

23 maio 2006
"A sós com o vento, anzóis, meu tormento"
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21:49 | 0 Comentários

Mundi Vidência
O mundo é uma bola
   que rola,
     rebola,
       inda faz carambola
          e nos bate na tola.
02:57 | 0 Comentários

21 maio 2006
(s/ título)
será verdade? será verdade que os deuses acenam? será verdade que os deuses acenam do porvir? eles os deuses que tanto amam que tanto sofrem que tanto choram eles que indicam o caminho com o Seu aceno como outrora como outrora nos guiavam e de tal modo o faziam que permanecem incrustados na nossa memória vã finita e frágil memória um sopro de ténue aragem a faz soçobrar e no entanto tem fixa transfixa a imagem da Sua presença de quando nos davam a mão e nos ajudavam a levantar? o angelus será enviado a caminhar por entre as gentes? portará a mensagem que vem do primeiro início ainda antes do primeiro início ainda antes dos tempos tempos serem do quando tudo era apenas a esfera informe? caminhará ele com asas de voo portando o aceno indiciador do seu Senhor ele que veio de longe que veio da noite que veio de sítio algum pois sítio algum ainda era de tão longe que era que antecedia por muitas léguas o lugar primeiro? será a direcção vaga mas firme como firme é o gesto do deus como firme é o gesto do ággelos? pois se não poderá ser de outra forma se do porvir vem o tempo ao nosso encontro para nos beijar e com o seu ósculo nos matar fulminante também o sábio possuirá a resposta também a resposta possuirá o sábio e disporá dele e que delire nos dias de infortúnio pois não será ainda o delirar o mais próprio dos deuses? e assim criar o besouro? e assim criar a miragem? e assim criar a verde e vária alegria do Seu regresso? e assim criar a nuvem que paira que paira lá no alto junto do corvo em oaristo? pois o besouro como o sábio detém a resposta pois a resposta tem ao sábio como tem ao besouro e não é verdade que todos se entendem pois todos anseiam em jubilosa tristeza que os que São de novo se alevantem e a nós retornem eles os que indicam eles os que padecem eles os senhores da senilidade eles que detêm o que deve ser retido pois esse é o Seu destino?
20:50 | 0 Comentários

17 maio 2006
Do Bom Ver É Bem Viver Está Bem De Ver
Vendo bem é bem de ver que é bom o ver pra bem viver e bem vender e que assim vendo bem bem melhor se vende uma ideia ou o que seja imaterial ou o que se veja.
Há que abrir a pestana e ter manha no patuá que vendo bem é arte para eleitos senhores profundos com muitos estudos que vêem mais mais longe e vendo bem com mais clara nitidez as nossa fraquezas as tão humanas ânsias e fragilidades humanas que humanamente nós expomos aos nossos semelhantes que vendo bem é bem de ver nos vêem como que à transparência e ademais melhor vendo e já que estamos neste pé com os olhos no olhar não lobrigamos que seja o oftalmologista quem nos irá acudir.
19:57 | 0 Comentários

Errata, Adenda & Corrigenda
- A laranja não é uma cor;
- os adjectivos, os porcos, os elefantes e também as batatas não voam; mas, em determinadas condições, planam (dizem que tal acontece entre cinco a dez centímetros acima do solo);
- o amor, evidentemente, não é de graça;
- sobre a alegria não recai um imposto mas uma taxa;
- as nêsperas (ainda é necessário dizê-lo?) não se deslocam em cardumes mas em enxames;
- um ser humano não é um animal mas um ser humano;
- um ser humano pode, contudo, ser desumano;
- um poeta não é gente mas um anjo preguiçoso;
- na literatura os lugares-comuns são crime - por isso cuidado c'aí vem o fiscal!
- Eu não existo mas redigi esta errata, adenda & corrigenda.
02:21 | 0 Comentários

16 maio 2006
O Verdadeiro Místico
Saltam-lhe os olhos
       desorbitados
Em êxtase verde-musgo
No auge do acto litúrgico
00:23 | 0 Comentários

15 maio 2006
D'Aparências
Aqui me têm, a fraca figura da fina flor.
Este semblante não carregado, em vista da boa catadura, nem alcançando outra tenção que a bonançosa vaidade de um bigode oitocentista. De risonho e franco préstimo, no agraciar o semelhante com o amparo, hoje dizem que escasso, da palavra amiga, cordato e até loquaz, no exercício desta, estou em crer, prezentosa presença.

Não calculais, pois, caros Senhores, que semblante assí, tão ledo, possa albergar a profunda tristeza, o desânimo quase completo. Não suspeitastes sequer - e como podíeis? - que os mais ínfimos gestos, como sejam o constante dilatar e contrair do infatigável pulmão ou o igualmente incessante tiquetaquear do músculo vascular, dizia, os mais ínfimos gestos são a custo executados e, em rigor, a contragosto, já que, de minha íntima querença, ordenaria a geral parança dos mecanismos vitais para, enfim, sem mais delongas e hesitações, poder desfrutar da completa inércia.
Aquela excelente paz, só permitida pela total, inapelável e suprema aniquilação.
01:06 | 0 Comentários

14 maio 2006
Hino
Amai o céu
Amai as flores
Amai o cheiro
       das cores

Revolteai na adoração
Do singelo limão

Amai o som
Amai o tom
Reverberai
Vivei na rua

Amai a terra
Pura & nua
Amai, mesmo, a Lua

Que o Grande Rio
Espere por vós
       do nascer até à foz

Amai o Sol
Amai o sal
Amai com força
       visceral

Que assim seja
Como é, a vermelhidão da cereja
04:39 | 0 Comentários

13 maio 2006
Cromalopeia
Fosse a beleza
Nada mais
Que o suave sentir

A doce melopeia
O justo cromático
Harmonia delineada
     em ternuras hápticas.
04:18 | 0 Comentários

10 maio 2006
A CApitulAçÃo
CApitulou o A
JÁ que cApitulAr
ErA A suA especiAlidAde.
02:31 | 0 Comentários

08 maio 2006
Rememoração
Pessoalíssima lembrança
D'outro tempo
       outra dança
Uma Era d'abastança
De dormir,
       encher a pança.
18:29 | 0 Comentários

07 maio 2006
Conjugação
Tu que ficas
Eu que vou
Vós que dizeis
          o vero e o bom.
23:17 | 0 Comentários

Retalhos #4
... pode ser, pode ser, a pergunta pelo ser.
01:54 | 0 Comentários

04 maio 2006
(s/ título)
Ao mundo numa pantalha:
Tele-escória
Tele-vida
(sem memória
nem história)
Tele-rito
Tele-mito
Tele-força
       do aflito
Tele-morte
Tele-sorte
Tele-vício
       d'infinito.
19:43 | 0 Comentários

03 maio 2006
Retalhos #3
... já agora, façam-me ainda o favor, escolham bem o meu epitáfio.
22:56 | 0 Comentários

02 maio 2006
(s/ título)
Chamei pelo Sol.
Responderam as sombras

(em voz de zoado-zombar
     com cadência-decadência
          doce-escura)

Que nada havia para ver.
20:24 | 0 Comentários

01 maio 2006
Retalhos #2
... apresentava, enfim, traços de uma salutar demência.
23:35 | 0 Comentários

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