31 março 2007
(s/ título)
(há) alguma nóvel novidade ou outra mais antiga?
02:40 | 0 Comentários

30 março 2007
(s/ título)
Uma tristeza enorme grand’imensa; uma tristeza de carne, feita carne, de músculo cansado em esperança no porvir, que nunca é nem se cumpre, que s'itera sempre d'irrisão d’um dia após outro; ainda, com a expectante expectativa a morder, furiosa e escarninha, as’quálidas costelas, repegadas nas espaldas e as tão ossudas canelas; por mais que fuja e fuja na mirífica direcção d’exacta senda de nenhures.
01:23 | 0 Comentários

29 março 2007
(s/ título)
quanto da vida, das gentes e dos homens? pois se canto o vário, canto o Uno, na plétora diversa de tal’iteração.
Se, outrossim, o princípio fim não terá como aquele começo não teve, então todos nós, ricos e pobres, justos e réprobos, somos em meio de coisa nenhuma.
00:54 | 0 Comentários

28 março 2007
Da Preeminência Ordinal
Três a Santa Unidade,
e dois o par primevo,
Quatro as Cardeais Virtudes
e cinco os caminhos do Sábio.
Saltemos, já, para o dez,
Musicado nas esferas.

Mas só o belo dezassete
Tem o timbre e sinal
Deste nosso Portugal.
01:44 | 0 Comentários

27 março 2007
Adivinha D'encantar
Sou d'encanto encantado, mostr'a face, a vera tez, de quem olha e perscruta e, inda assí, se qued'à escuta. Mimetismo, o mais burlesco, de ver tanto e tanta gente, de copiar o movimento, o exacto rigor, macaqueando, do maníaco s'expressando e a suave lassidão da donzela d'ocasião. Mesmo ao príncipe eu repito, sempre itero & admito que bonito não é de s'enxergar, pois qu'é velho, verrugoso e responde, verrinoso, Mas sou d'alta potestade e ordeno m'ostres belo. Eu por ora, igual a mim mesmo, faço que não ouço e bem deveras sou mouco & mudo, embora honesto na fiel reprodução do que passa e do que fica. Porém, nunca por nunca, esqueço e se vós olhardes bem meu corpo polido, d'opalina ventura, descortinareis, mais esbatido, todo o rosto que já não é, no ricto final da hora fatal, em sendo a última presença nesta terra de bem querença.
00:17 | 0 Comentários

26 março 2007
(s/ título)
D'escrever despudorado, rebuscando, pois s'acoitam na memória os farrapos d'estas histórias e, o c'à tímida alminha parece pior, em porvir d'ominoso transporte da mater língua a tratos de polé, parece ser, nestes desafortunados dias, a única forma de sobrevivência ou, se quiserdes, de preservar sã impoluta a pouca restéa de sanidade em meio de tod'a sandice.
01:43 | 0 Comentários

25 março 2007
(s/ título)
faltam-lhe os olhos, há muito vazados, e o nariz, de tão carcomido, mal se distingue na transpálida esquálida figura. Mesmo assim, avança, não errante nem a esmo, avança, a penas.
00:16 | 0 Comentários

24 março 2007
(s/ título)
Se vos disser que, no infinito inteligir recombinatório de Deus Pai, tudo d'antemão foi pensado e repensado e continua sendo e dizendo pela boca de prata dos anjos anunciadores estranhar-me-eis, com toda a exacta certeza da magna objecção de quem sabe que, se o Altíssimo é infinito em todos os seus atributos, não há o total e instante exaurir de Seu entendimento plasmado n'antecipação total do porvir mas, pelo contrário, um brotar constante de tudo o que é, pensável e dizível, e, tod'essa infinda verve feita verbo continua continuamente jorrando por tantos séculos e evos que sejam a global medida desmesurada do tempo da perfeição. Porém, difícil é conceber que o acto de ser, em puro acto actuante, não tenha sido, desde sempre e para sempre, sabido e consabido por Aquele que sabe.Vejam, o dilema é, deveras, ingente: por um lado vos digo que tudo o que é, foi e será, sempre foi, é e como não poderia deixar de ser, será, por outro vos reitero - e vós comigo - que - ó, arripiant'estranha banda, também s'implica em tal asserção ignóbil limite do que, por sua natural e precursora natureza, não concebe nem aceita qualquer limiar e muito menos aquele do esgotar possibilitante de todas as possíveis hipóteses. Cercear o irrestrito dilatar do que, contudo, não comporta excesso é, como vos quero fazer ver, tão fútil e tolo como conceber a imperfeição daquele mais-que-perfeito manar de glória qu'inunda a todos com Sua beatífica luz, ao aventar a blasfemante tese da sua incompletude, ao pressupor - ou, tão só, sugerir - movimento onde movimento não há, nem haver pode, pois aquiescer no móvel é defender a existência impossível de um outro verdadeiramente distinto do que constitui a própria tecitura d'existência feita - como nenhum de vós ignora - de cogitante e verbalizante essência. Se, na Sua infinita sapiência e potestade, fosse permitido tempo e mudança então, meus caros, como esses tempo e mudança se coadunariam com a completa completude? Se o Altíssimo tudo sabe e desse desmedido saber está implicado o dito Primeiro e Final e s’entre o dito dizido Primeiro e Final estão as coisas, no seu particular assim como no seu universal, então já tudo é sido o que, por angustiante e desditosa vez, nos desola, ao exigir a fatal fronteira de nada mais poder ser e, por ess’escolho tortuoso, nos esmagar com a frágil adveniência d'indigno tolher da liberdade total que, para ser tão ampla e vasta como as demais virtudes de Deus, também deve conter, em si, irreprimível margem de ser diferente do que tem sido. Cogitar em mente tão bastamente perfeita, repleta de tantos e completos atributos é - se tal nos for permitido, eu que medito e vós qu'escutais este melancólico discorrer - estar em permanente iminência do abismo, de descobrir falhas no mais puro diamante, de sentir o cheiro & sabor da mais pura água da mais pura límpida fonte, de descortinar a nuvem que desponta (e sentir a sediciosa presença da borrasca) no lis’imaculado céu d'anil e ouro, onde etéreo e eterno resplandece Quem nos deu ser, nos alimentou nos tempos primordiais e, por intermédio dos Escolhidos, nos vai fazendo chegar sinal de Sua querença, do que nos é permito e do que nos é proibido, do que de nós é esperado e do que nos constitui no ruinoso engano, do que nos faz livres e do que nos aprisiona nas peias do enganoso engodo, do tenebroso umbrar do preclaro entendimento, perturbando até as ledas almas que julgam acreditar que é na frontal inquirição dos imperscrutáveis desígnios o caminho certo da certitude vindicadora e reabilitante de todos os males e males, qu'em era-má, d’ominosa ventura, foram libertos sobre o orbe, comendo e ferindo e matando e fazendo sofrer e penar quem forças não tem, obrigando a pôr joelho em terra, vergado ao peso e à desgraça, a escolher d’entre sua progenitura quem há-de medrar e quem há-de perecer e, porque tal é o poder da verdade qu'existe na promessa da vera e cabal compreensão de quem tem a una chave do porvir e do saber e do querer e do nascer e do morrer e do ser e do a ser e do ficar e do partir e do medir o peso que cada um dos homens, no momento final da última hora, transportará ante Sua majestosa & magistral majestade.
01:36 | 0 Comentários

22 março 2007
Inscrição
o mundo está entre o côncavo e o convexo de tudo o que é uno e complexo
23:12 | 0 Comentários

Noves Fora
Nada s'explica ou justifica, os sonhos vão e vêm e tornam ao nada d’onde vieram, e assí hemos andando, desde o primeiro princípio ao último fim ou - como dizem alguns - dos primeiros fins, às arrecuas, até aos últimos princípios. Tudo é um, e a ele pertencemos, por muito que nos custe. Partículas ínfimas de pó condenadas ao seu purulento destino, em réstea do pouco tempo que logramos ao tempo furtar. E, conquanto o sopro sempre s'escoe, se fica um precipitado, um quantum que teima em ser, será d'opalina phantasia n'aritmética da Creação.
02:19 | 0 Comentários

20 março 2007
Se Vós Entrais
Vem, muito naturalmente, até às portas da percepção e, do mesmo singelo passo, as tentarás transpor. Concedo. É também natural, que, aí chegado, queiras - pois, porque não? - ultrapassar o que tolhe, e em flor s'espraia, multicor. Nem são as coisas deste mundo que t'importam; sabes - mesmo que ignorar não fosse, como é, impossível - que entrando no balanço da onda, o caleidoscópio é ainda vertigem. Que a vertigem é, d’igual, abismo. Que este é um descer às fundas profundas e que dele, do abismo, apenas sobrevém - diria sobrevive - a morte.
Tudo isso sabes, pelo exemplar exemplo d'outros fantasmas, que passam verdescentes ou que guardas na memória, mesmo naquela recôndita. Porque viste tantos desses nem te preocupas em pensar que breve engrossarás as fileiras. Ademais, como resistir à fronteira, àquele limiar não mais umbrado? Qualquer, na tua exacta situação, faria o mesmo, qualquer, se símile sorte e ventura, não pestanejaria, porquanto todos temem que a mais breve desatenção desvie o rumo d'onerosa alvura,d'essencial essência do que virá; ao encontro almejado, esse cerne sagrado-profano que compensará tantos futuros - mas certos - agravos, penas e humilhações. Ora - isto é importante - é necessário estar maximamente desperto para s'alcandorar à transcendência, à paz suprema e final, serenidade de mil fontes raiadas, enfim, paraíso transideral onde se transgride esse famigerado limite que, desde há séculos, nos roubou as coisas no em si de si próprias para nos devolver um mero teatro cambado, adulterado, onde faíscam pálidas luzes que lambuzam o céu de falsa feérica coloração.
Colocada a questão nestes termos, o que t'impede de cumprir o inevitável destino de, por menos qu'em fugazes momentos, ser completa e infindamente feliz?
00:30 | 0 Comentários

Nome: João Pereira de Matos Cidade: Lisboa
Curriculum Vital
escrevinhices@gmail.com

-----
Em Colaboração

Apenasblogue
As Partes do Todo
Big Ode [big oud]
Blogue das Artes
Callema
Minguante
grandePEQUENO (site)
grandePEQUENO (blog)
Rádio Zero
Revista Piolho

-----
E-books

Histórias Sem Tom Nem Som
The Tail Spin
Rgb
Prontuário Identitário
17 Propostas

-----
Blogues do Autor

Iluminarium
Blogalquímico
Diário Informal
Desenhos em Azul
X-Acto

-----
Outros Sítios do Autor

Twitter
Facebook
Youtube
Myspace (Música Sintética)
T.V. 2.0

-----
Atom Feed

---Feed (me Seymour!)---

-----
Escritos d'Agora

Escritos d'Antanho

-----
Blogues Amigos

A Arte da Fuga
Às duas por três...
Butterflies & Fairies
Indústrias Culturais
Micro-Leituras
Pátria Língua Portuguesa
Retroprojecção
Rua da Judiaria

-----
Outros Blogues

A Barriga de um Arquitecto
Anarca Constipado
A Natureza do Mal
Azeite&Azia
Blogotinha
Blogzira (ex-Vitriolica)
Cadernos de Daath
E Deus Criou a Mulher
Miniscente
Montag: by their covers
o café dos loucos
O Século Prodigioso
Rititi
Um Fernando Pessoa

-----
Sítios Interessantes

Projecto Vercial
Ciberdúvidas
Technorati
Público
Apenas Livros
Stat Counter
Diário Digital
Ubu Web
NotCot

-----
Ficha
Todos os textos, desenhos e ilustrações são originais do autor.
Captação fotográfica de Ana dos Reis Almeida.

Creative Commons License
blogue licenciado por uma Licença Creative Commons.