31 maio 2007
(s/ título)
eis o bom gigante, aquele de toda vasta lhaneza, no respeito pelo ínfimo insecto, pel'olor frorido d'alva manhã, prestável e bom em seu bestial amplexo ao afastar pesado escolho no caminho da junta, para que o ácero arado revoluteie fofa terra, ou a suportar a trave em meio à borrasca ou, ainda, a servir de esteio para que se ninguém perca na correnteza que, fatalmente, nos levará a todos para quem sabe qual ignoto destino
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30 maio 2007
(s/ título)
três a conta certa da santa proporção pois quatro seriam excesso e par apenas é cifra binária de gente e de bicho e não de puro espírito que de diáfana fulgente imaterial substância insufla e anima a máquina do orbe que é como é e que outra forma não tem pois nem poderia subsistir sem esse sopro de luz d'alba e manhã que singelo ultrapassa o tamanho do tempo qu'imenso infindo como ele só transcende o lapso d'abismo que se medir tal vastidão possível fosse não mais do que purulento átomo de pó chegaria para erodindo um imenso rochedo de centúria em centúria gastando a pedra até esta ser irmã de vasta família daquele que a fustiga e mesmo esse pouco seria para medir os evos e evos que leva de ser o que devasta e o que engendra e o que doa vida e pão e alma e o que acolhe em seu cerne de paz e o que conduz suas frágeis crianças pelo caminho do vero e do bom na ternária configuração de tudo o que é recto e puro pois nem umbrado nem falaz nem miragem nem coragem nem angustia nem malícia penetrar ousam em tão vasta soma de três
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27 maio 2007
(s/ título)
Assim, pois & certamente, da mónada primeva e primeira ao final e último compositum.
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(s/ título)
Em toda a funda destemperança me vieram dizer (bichanar ao tã mouc'ouvido), Tu não és, Foste homem de própria e exacta figura mas isso foi em tempos e tempos passaram e já não és, Nem de carne nem de gente nem bens há que reivindiques teus, Talvez - e porque não? - se tudo, nestes mundos e mundos sem esconso de cerne à vista, é possível, possas dizer a quem passa, se falar ainda for de vossa tua ventura, Ainda aqui estou e por aqui ando, é certo e sabido que por demais diáphana substância em ectoplásmica presença, mas ainda querendo e raciocinando ou, o que, decerto, é mais assustador, seja eu ainda um sonho que não sabe que seu vígil sonhador se não encontra já no terno cálido reino da phantasia...
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26 maio 2007
(s/ título)
Nem nos nove sete céus, onde cantam, ulanos, em beatífica serenitude, aqueles albialados anunciadores; mesmo também nos trinta e três centos d’Érebo onde imperam, d’impurezas vãs, os íncubos, increados mas de vária vasta negritude umbrados, mácula em espéculo, enquanto o tempo tempo for.
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25 maio 2007
O Poema do Resto
muito pouco, nada e coisa nenhuma; um dedinho, a penas, uma pestana, um cisco petisco não um argueiro; d'elexir bento que doce temp’rança, rosmaninho e mel, candura sem fel, beleza d'ouropel; uma nesga poucochinha, uma réstia tiradinha à falta, no esconso recôndito do mundo.
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24 maio 2007
(s/ título)
As voltas que a vida leva
as voltas que a vida dá.
Ela, a vida, nos leva
(ora para cá, ora para lá)
rotundamente.
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23 maio 2007
(s/ título)
Perceber e perceber-se, apercebendo-se, em tal percepção, de tod’a vast'irrisão, percepcionada n'ocasião.
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22 maio 2007
(Assim & Assado)
Inteiriço de sapato cambado
aranhiço de sonh'adiado
revoluteando à luz da luzerna
revoltando, em pé-de-guerra,
a santa paz da caserna.

Olhó mocho, que horas serão?
Haja a fome em tamanho do pão
e dinheiro pra dar ao ladrão
da rua mai' escusa
à repartição.

Haja saúde trabalho é que não
Haja saúde doença é que não
Haja trabalho virtude é que não
Haja a virtude do pão.

Monstro, sú goela cor d'açafrão,
Come a nuvem
D’imensidão
e larga inferno em meio das gentes.

Lancinantes, gritam ingentes,
salvai-nos Senhor,
amai-nos Senhor.
Dai-lhes, Senhor, o dom da poesia,
Ou, quiçá, doutra mania...
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21 maio 2007
(s/ título)
De repente, o sorriso da serpente. Puro e franco e vasto de promessa vã - não, não tenhas pressa - vai penetrando nesses olhos transiderais que fixam (transfixando) mortais. Perpassa a carne aquecendo o cerne, o semblante benfazejo daquele bífido, sibilante irmã da tenebrosa ceifeira.
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Nome: João Pereira de Matos Cidade: Lisboa
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