Diário Laboratório 7/1/2020
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Pensai na libertação. Sabendo de quê, de uma radical angustiante ansiedade, não sabemos, porém, em que direcção ela se deverá dar, nem quais os mecanismos dela, nem sequer se é possível. Mas o desejo e a necessidade imperiosa existem, como uma urgência de ar. 2 Devir, corrupção, renascimento. Ah, a radical mutabilidade de tudo.
Diário Laboratório 6/1/2020
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Sou marginal por feitio mas não por intenção. Essa quer o respeito e o conforto dele, que é uma redenção externa embora, talvez, postiça. 2 Vivo por meu cismar e isso é triste porque o cismar, sozinho, é frustre. 3 «Nada serei nunca», devia esse ser o lema dos tímidos, dos insociais ou daqueles que querem preservar a plena autarquia da consciência.
Diário Laboratório 5/1/2020
O tempo não tem redenção porque cada momento é único.
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Diário Laboratório 4/1/2020
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Gasta-se o tempo, gasta-se a vida, só se não esgota a tristeza e a angústia dela. 2 O que se não esgota não tem fundo e isso é o infinito acessível aos mortais. Um dos seus modos é a angústia. O outro, a melancolia. 3 Nada. Talvez não necessite de nada a não ser do exercício de uma escrita bela e fluida e boa.
Diário Laboratório 3/1/2020
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É angustiante estar em fluxo, restar insatisfeito. Sempre se quis serenidade. A escassez em tantas coisas da vida nunca o permitiu. 2 Senhores do empíreo, Deus ou diabo: dai-me luz. 3 Estar em fluxo é canção obsessiva. A escrita é produto dela. |