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Na retorta da Vida
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É tão vasto negrume Que s'alambica Só Uma gota Ténue De nada.
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A sonda-pesada
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do sacro-cancro. Cansaço.
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são
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eternos todos os recomeços como o é, embora não parecendo, a alba, brancura d'imenso alvor & manhã
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Mais difícil
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É querer crer E não crer Querendo ainda.
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quisera o cínico,
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de fauce escarninha, ser d'empática aliança quisera o desmembrado ser d'íntegra figura quisera, imaterial fantasma, tangível se saber.
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todo o universo
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acessível ao pensar: em êxtase como em toda mágica destemperança, sequencial para os demais humanos
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Até mesmo a
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Irrealidade Tem seu reverso.
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Estou cansado.
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Podia, não, mas tudo, no vast'entretanto, é pura & plena Irrisão.
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vergai,
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ò ciberparanóide, à magra megera da-Tudo-Vidente d'alto, coturno
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mesmo se o tempo
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nos faz somos, de perene, imediata, extinção
Poema Diagonal
Narcotizado
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De mim-mesmo, Como soe dizer-se. É fogo que não apaga Nem acende; preservera A penas, em tola-vã esp'rança.
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Na fatal
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Errância Tudo é loucura & desnorte.
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Mesmo s'infinita a creação
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É finita a creatura.
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O Homem-Transparente
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Nem A si próprio Se Vê.
Da perfeição, Ainda
Uma questão angiológica: existirá
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Isso (da Perfeição) qua tale Ou, tão-só, cronológica imesura? Esses, a final, seriam tempo em estado Puro; inexiste pré-perfeição originária Mas, com tudo, como eles só, Um moto perpetuo d'iterativo aperfeiçoamento. Ademais, a questão é virtual, O estado-primeiro de Perfeitude equivale Ao seu telos se conferires a algo A perene imortalidade.
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À força daqueles ditames
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D'anemia & D'ademanes.
Poema Autónomo
Atrai-te a vã ilusão
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Preferes o oco cansaço, Tuas mãos pendem Mas tens bonito casaco.
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Burlesco é meu mester
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Vivência da pouca cadeira Quando se fica pendendo Do sono, do sonho Da alma mesma C'acolhe e condena.
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Cantai moucas cantigas
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Bailando loucas verdades Girando se volta sempre Ao mesmo outro lugar.
Od'Ideal
Carácter elusivo
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Douta doutrina posternando Injecção d'adrenalina Na espinal-medula do ócio,
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E tantos
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De miríficos Destinos Quisera acompanhar. Mirabilia em pacotinhos.
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Eterna é a noite
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Quando do Radioso dia S'abdica.
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nunca aescrita
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afugentará os terrores da vida, os errores da vida e, claro está, o velado pavor da Morte
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Long past Lucy in the Sky with Diamonds
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Know this: The big eye in the sky The Big Brother (if you prefer) Is really, really, Watching You.
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Na solidão
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Apertada De Ser A porta da percepção é rasgo d'alvor ou, de negro, velada?
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Felicidade é cousa muito simples
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Mas difícil, pouco sabida: Buscai, umbrado-luminoso, equilíbrio Em todo acto de vida.
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Quando a angústia explode em mil
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Fulgurações (é mau, muito mau, sinal).
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Não há
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Limite & espaço E franca maneira De ser.
Cantante molto vivace
Depressa; sim?
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Depressa; Não/ há/ quem? O quê?; ouvi, ouvi, ouvi e louvai. (...) A angústia é filha Das ondas.
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Falai a terna verdade
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Da tão caritativa Deslembrança: Esqueçam qu'existo, sou e respiro, Fantasma entre fantasmas Por, supremamente, perdido De mim.
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Ah, a doce paz da dura morte
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(ou, se quiserdes, a dura paz da doce morte). |