28 fevereiro 2010
(s/ título)
não há canto maior do que o tempo sem hora.
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27 fevereiro 2010
(s/ título)
Todos s'acodem como podem. Uns de tanto valor, outros de mil-afãs, outros, ainda, de não-me-toques.
A manhã é para todos.
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26 fevereiro 2010
(s/ título)
deparas-te com o Poço e andas em volta daquele abismo, sonhando e crendo já que no fundo dele estará o que tanto procuras. Talvez a Palavra Essencial, quando é evidente que apenas promana o reconhecido silêncio.
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25 fevereiro 2010
(s/ título)
Quisera ser ágil e livre e forte. Mas, nos Tombos d'Infinito Cansaço vegetam, gastos, os Cavaleiros da Sombra e eu Príncipe Caído por entre eles.
Maior é a fadiga quando todo mundo desespera, que é o único que tenho e sei. Uma, a Álea d'Esquecimento: serve para relembrar o tanto que foi perdido; outra a da Paz Perpétua: aí s'agitam as frágeis figuras, sempre as mesmas, ensimesmadas. Os palácios da Ventura s'esboroam, caducos, e a vegetação mais bem sufoca. No resto tudo se corroi e desmonta.
Mas o que é penoso não tem espera e, ora, não faço outra cousa, ainda que me movesse; me movesse como o pensamento corre por prados froridos e, à noite, procura o repouso.
Quando explode o dia, em outras partes do cosmo, temos a névoa, uniforme e opaca, como, parece, convém. É muito o frio mas isso não incomoda; este não conserva, pelo contrário, ainda ajuda a este universal desleixo. A podridão alastra, míuda, nos monumentos à melancolia, nos corpos e tez, nas praias d'areia alva onde mais alvas são as ossadas, fulgentes à luz baça que dolente nos alumia.
Só são frenéticos os insectos. Embora na sua mente comum se saibam eternos e, quiçá, infinitos, não lograram desistir de seu ancestral afã. Mas esses maçam porque maníaca é sua faina.
Nem a esperança foi ofertada, pobres de nós, Senhores do Céu.
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24 fevereiro 2010
Oikia #3
E, então, a réstia de mundo? de cerrado, exíguo lugar? onde está a lucerna? candeias desabridas que, mal-parado, em estando, se lobriga na vária distância de um suspiro apenas. Por entre toda a neblina se vai vendo e é preciso ter pensado esse qual azimute de bom-norte que é a sezão de tal ser. Mas o ainda melhor conselho é bem errar em sua pele e fazer, em esteira do que apraz, da boa-aventurança nossa praça. Também o queira, nesse mesmo desiderato, o gran Senhor da vasta noite, dono do forte alor do dia.
Contudo, assim se reduz a etérea porção. Mais do que filtro de botica, escuro, no escuso tugúrio; sonha já com palácios & fazenda & arrás & carmins; se a tanto, claro está, atinge a fabulatória tenção mesmo ainda quando virulenta é a parcimónia.
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23 fevereiro 2010
Oikia #2
Venho a inventariar os modos de ser. Saber, de igual, os modos de não-ser. Do langor, mestre? Um pouco; pois sê-lo é, em excesso, forte trabalho. Quem dera dominar uma única arte até lhe ver o fundo e beber, de todo em todo, dessa fonte manante que só se abre ante a perícia, no esforço honesto e, por isso, fecundo. Cansa ser um logro. Um artista do perfunctório & breve. Antes homem-de-negócio desde que abastado e um pouco estulto. Porque, como sabeis, ser uma cousa é não ser muitas outras. Mas restar flutuante entre ser e não-ser é pior porquanto se é-não-sendo. E, às tantas, o nada, o vazio de norte traga tudo. E falta, por muito errar, a vera morada.
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22 fevereiro 2010
Oikia #1
Imersão naquele mundo do asco que é todo-força porque aquilo que causa repulsa... Não, por aqui se não vai a bom-porto, objecta o timorato leitor: como poderá ter valor reprodutivo o que aparta? Não será, ao invés, aquilo que ajunta a matriz essencial de quanto há? Insisto: no fragmento de esquizofrénica desarmonia também habita o anjo; de asas ímpar que por teratológico perfil mais incandesce de fervorosa compaixão pelas cousas quebradas que, em legião, povoam o orbe.
É, por tanto, mor do falho, em desunião e conflito; a sua morada e o seu dom é o da graça para com todo o desavindo.
Mas sofre, o pentaptéro, porque jamais logrará voar.
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21 fevereiro 2010
(s/ título)
o deus d'absurdo
é de magna-potesta
porque o não-sentido,
d'irrepreso &'limitado,
pode tudo.
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20 fevereiro 2010
(s/ título)
matai a modéstia
no altar
da saciedade.
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19 fevereiro 2010
(s/ título)
legitimação
é do quanto
precisas
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18 fevereiro 2010
(s/ título)
para o bem e para o mal
só, o mais esteta,
é o artista.
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17 fevereiro 2010
Queira Ser:
sempre judeu na ironia.
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16 fevereiro 2010
(s/ título)
este flutuar perfeito
mas
mil vezes mais
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15 fevereiro 2010
Poêmas Silabários #3
a sublimação é essencial (como o anjo mas mais subtil). O enigma, bem-certo, é essencial.
A essência, por fim, é essencial.
18:06 | 1 Comentários

14 fevereiro 2010
Poêmas Silabários #2
Sou.
Um For-ma-lis-ta.
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13 fevereiro 2010
Poêmas Silabários
O diabo c'á em mim.
Uma cena d'algibeira;
o momento
assim
é
tôdo.
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12 fevereiro 2010
Chamada Geral
Ser absoluto. O universo tod'inteiro é terra-de-ninguém. E, no entanto, o pensamento abarca, ainda que difusamente, o plúrimo conjunto d'infindos caminhos. Périplo & errância, busca angustiosa.
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11 fevereiro 2010
(s/ título)
Na mirabilia pode haver esse cerne de ludicidade que anime toda uma escrita. De motivo variado e portentoso.
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10 fevereiro 2010
(s/ título)
O sintagma é corpo e é carne; mas não é, ainda, cousa viva. Desta banal evidência se faz, então, a transumância da escrita.
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09 fevereiro 2010
(s/ título)
o símbolo é também o místico.
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08 fevereiro 2010
(s/ título)
Ter a chave
(ou julgar ter a chave).
Ter a porta
(ou julgar ter a porta – tudo é igual).
Abrir
e
Entrar.
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07 fevereiro 2010
(s/ título)
fantasmas & miasmas
fluxos d'ectoplasmas
ah, se fosse possível fugir ao ar-do-tempo, criar uma cousa toda nova...
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06 fevereiro 2010
(s/ título)
Ter rigor? É ser honesto (no tribunal de mim próprio, o que, diga-se, é a mais difícil tarefa).
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05 fevereiro 2010
(s/ título)
transformai o ínfimo pormenor na preciosa dádiva.
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04 fevereiro 2010
(s/ título)
aquilo que não prometes poderás cumprir - assim é o artista.
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03 fevereiro 2010
(s/ título)
Textos de guerrilha: contra a inércia da indiferença.
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02 fevereiro 2010
(s/ título)
a fúria da escrita alucinatória tem, como reverso, a angústia de um polícromo sólido geométrico, contudo, d'infinitas faces.
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01 fevereiro 2010
(s/ título)
deveis acreditar no diverso do mundo. Porque o diverso do mundo é toda uma teologia. O seu contrário – por muito que repugne à Natureza o vazio – não é o nada mas o uno e sua mónada imensa. Se, há tanto, imperou íntegra não o sabemos. E se dela foi gerado o múltiplo, hoje é ele que predomina e, assim, em consonância deves viver.
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