10 outubro 2012
Ossa et Cineres (#9)
Sê cada texto como fulguração única, deflagração de sentido, é certo, mas também de sua toada, ora scherzo ora requiem e, por vezes, sinfónico. Ainda um cosmo todo seu, expansivo e jovem, circular-fechado, em tom de negrume ou como fror e perfumado; um estado d'espírito, grito, fúria, melancolia. Talvez s'entreveja vertigem e abismo, circum-navegando-se: labirinto; fragmentado, na sua pequenez, cifra especular...
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09 outubro 2012
Ossa et Cineres (#8)
A obsessão desse lugar secreto de subsistência vital: respirar, prover ao sustento do corpo e natural repouso. Respirar no tão -só existir num plano singelo sem ocupação alguma que não seja agitar o pulmão e tal também com o naco que de parco e são tonifique de simplicidade o espírito assim como sustém a carcassa que quando s'abandona ao sono sabe que se liberta de tod'angústia que um cônscio liame ao negócio do século, ao afã das gentes, inevitável e funesta porta consigo. Adivinho já o que ireis dizer: esse é o destino do sábio que apesar da raras vezes cumprido ganhou fama comum. Opto por contrapor incerto-tíbio talvez pois s'em tal houver sabedoria é apenas na constatação de que não sendo, nós e outros, mais do que um sôpro para que perder esse lapso em mais do que na plena exalação? Não pensar nem querer pensar, deixar o desejo e a renúncia, ser & ser em abandono de quanto constrangimento e sujeição jamais inventou a perfídia dos homens.
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07 outubro 2012
Ossa et Cineres (#7)
O todo da inquietação, o fragmentado da incerteza. Um tempo sem esp'rança, o porvir d'incerto improviso: contas, a penas, negrume & cansaço. Será o artista como Cassandra: o ar imoto quando carece de eco pois fala e ninguém responde; aponta, por ventura, uma senda-de-verdade e não há quem o acompanhe no caminho. É certo que assim s'erra e desespera e quase s'amaldiçoa o momento em que a consabida e bem-dita e daimónica voz primeiro se manifestou ainda que seja ela farol & azimute, companheira na hora-má, privilegiada ouvinte do eco que em ti produziu; a confidente que, pacientemente, escuta o lamento sobre o ominoso silêncio das gentes quando sobre ti derramam o fel da indiferença.
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05 outubro 2012
Ossa et Cineres (#6)
Já não visão em angústia pois que a palavra que tira a vida às cousas seja também exorcismo e revolta. Um nóvel, catártico cosmo onde toda a fulgent'e'hialina luz - essa por ti parida - vive sem empalidecer para sempre & ainda.
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04 outubro 2012
Ossa et Cineres (#5)
Escreve como em murmúrio; faz das micro-percepções, do acontecer-instante, um orbe de luz, fúria e furor, em que o quase-nada tem o esplendor da onda rebrilhante como imóvel e espelhando o zénite do Sol.
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03 outubro 2012
Ossa et Cineres (#4)
Ah, o cansaço da ciência-errante, desse mundo-de-sonho onde a vida irrompe e se ri - riso claro & honesto - de toda a entropia. E como desconhece a morte e ruína não entende que o sonhador esteja, de perene, confrontado com essas e, por isso, deixe d'entender o sonho. E quer o sonhador sonhar mas não encontra no sonho seu lar e por isso deambula no mundo perdido & urrante.
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01 outubro 2012
Ossa et Cineres (#3)
... dess'arte, faz irromper nesse jardim a insuportável mutilação do que perverte o que há de belo, de puro, de bom.
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