30 dezembro 2006
(s/ título)
Nada m'interessa ou satisfaz quando o porvir é d'incerta certeza, o instante momento, coisa baça, em desmentido, e, o passado, uma exacta soma d'enganos.
01:01 | 0 Comentários

28 dezembro 2006
(s/ título)
Dai-me um corcel, tão forte e alado, que logo subirei à alta montanha, bradando aos ventos, c'os homens - loucos, teimosos, cruentos - são feras ferinas, piores que jumentos.

22:31 | 0 Comentários

26 dezembro 2006
(s/ título)
para grafar as grafias, dos glifos, serifas, (quais grifos, suas garras sentias) não tendes mais qu'esse aparo rombo e torto e gasto que pouco mais será c'um amparo prós dias nocturnos, de chuva e ventania, de fome, melancolia, ou, em sorrindo a Fortuna (ah, essa grande gatuna) haverá orçamento pra comprar um jumento e dois tostões de bom vinho e talvez, até - quem sabe?- mais um pouco, poucochinho, pra mandar cantar um ceguinho?
20:52 | 0 Comentários

24 dezembro 2006
(s/ título)
porque insisto e persisto em pensar qu'é só isto, a existência, um lago calmo, na superfície plúrima de reflexos espelhados; mas nas fundas e profundas do leito aramado, há seixos ásperos e cortantes; águas tormentosas, sujas, lodosas; plenas de vida, é certo, mas de ínvia vida, diria, pois o peixe come o peixe e a serpente todos traga, uma e outros d'infinda voracidade?
20:05 | 0 Comentários

23 dezembro 2006
(s/ título)
veramente são os santos que indicam os caminhos sinuosos do porvir, d'incerta incerteza razão fazem, transmutando c'oas suas sacras intuições -pois o belo, o puro e o bom, para eles, não escondem nem omitem segredos - o que ilude os demais viventes, que apenas suspeitam levemente da desgraça, farejando a esmo a desventura que mesmo s'encontrando presente, de negras e andrajosas vestes, se cola às paredes, sombra sombria entre as demais sombras, umbrando a vida dos infelizes que só no último e fatal momento s'apercebem que não resta outra saída senão abrir os braços para o abismo, caindo, em rápida vertigem, para o fosso sem fundo da perdição.
20:09 | 0 Comentários

(s/ título)
qual, então, o preço da indigência? não, como é evidente, daquela pobreza vulgar - que essa também corrói e magoa - mas deste cansaço perene, que s'alojou nas fibras tensionadas do porvir.
01:30 | 0 Comentários

21 dezembro 2006
(s/ título)
& digo, louco e tenaz, amanhã farei, logo pela alba; no começo auspicioso do primeiro raiar do dia.
21:31 | 0 Comentários

20 dezembro 2006
(s/ título)
imerso nas noites claras, brancura d'imenso alvor, emerso, diria, pois flutuo, à superfícia espelhada das coisas, sem poder penetrar-lhes o osso ou cerne nodal, onde s'acoita o mistério do que é e, todavia, flui e perece.
18:19 | 0 Comentários

19 dezembro 2006
(s/ título)
come joão, meu triste rapaz; come joão, alegria com feijão
00:37 | 0 Comentários

17 dezembro 2006
(s/ título)
tanto osso neste ofício que mais valera ser coveiro
22:14 | 0 Comentários

16 dezembro 2006
Vulgata Reivindicativa
Queremos pão, exigimos alegria, pugnamos pela certeza de que o amigo é nosso amigo e que o inimigo perdoará em fim, desideratos e concórdia, um pouco de luxo até, porque não? requeremos a redondez do orbe, mas também a planura dos planos, a intersecção das coisas de belo recorte com os eixos de nossa vida. Gatos & mais gatos, que fazem o pesado parecer leve, andorinhas e Primaveras que tão bonitas são e, ademais, sustentam a gataria.
23:08 | 0 Comentários

15 dezembro 2006
Da Geografia do Errante
Meus queridos amigos, tudo, em mim, é excessivo & rendilhado excesso. Errando p'las comissuras da vida também fácil não será encontrar o Norte e, mais do que consabido é, que quem, como eu, não lobriga o cardeal farol s'autocondena ao desnorte, ou seja, à ausência pouco salutar d'um ascender p'las coisas d'existência, restando um açoreado penar, um ir aí por aí lamentoso, sem a bússola nem a estrela.
01:07 | 0 Comentários

14 dezembro 2006
Trans-génese
Uma barata-adamascada, deglutida, depois de bem mastigada.
02:02 | 0 Comentários

12 dezembro 2006
(s/ título)
Cantigas, cantilenas, caracóis em tais melenas.
20:56 | 0 Comentários

11 dezembro 2006
Obituário
Oh, o destino trans-sideral que, c'oa ironia banal, desferiu a estocada mortal ao pobre Senhor Ricardinho do número trinta e três da Rua do Arsenal.
23:39 | 0 Comentários

10 dezembro 2006
Genealogia
Felisanda, que não anda nem desanda, anda, porém & com tudo, feliz.
23:07 | 0 Comentários

09 dezembro 2006
Escriptor
Assombrado pelo mal de vivre d'uma escripta criptíca, miudinha. De outros moldes são, diziam as gentes, não fora o tal feitio, arrediço ao contacto com o próximo. Não sabiam nem poderiam saber que era, tão só, efeito do grito escripto.
Dizemos, contudo, em abono, que do bradar ingente, do éter para o vazio, ninguém sai incólume. Umbravam-se-lhe, assim, os dias, debaixo do radioso Sol.
22:35 | 0 Comentários

Nome: João Pereira de Matos Cidade: Lisboa
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