(s/ título)
O Bar Limite bordeja o nada. A Grande Extensão branca-vazia que tem como única característica o ser maior. Lá, ao fundo da sala, s'encontram os muito-ricos, em espera de matar o tédio, os desvalidos desencaminhando a esperança. As mulheres revivem o passado e os homens divertem-se no olvido. Tudo é mole no fofo dos sofás. Todo o som, assim, abafado. Os clientes sussurram bebidas impossíveis aos criados porque ninguém ignora que ali qualquer devaneio se concretiza: os improváveis licores têm a sua aparição ao compasso do bailado irrepreensível de quem os traz: o lugar faz jus à sua fama. (...) No Bar da Morte há roleta russa e jogam-se as almas à sorte. |
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