(s/ título)
A infinita melancolia de uma cidade com chuva. A infinita melancolia de uma cidade pequena, com chuva. Melhor ainda: a infinita melancolia de uma cidade pequena, com chuva, não banhada de rio ou de mar. Enxuta mas com chuva. E as gentes? Taciturnas, porque a chuva as invade. Não sabendo elas... Todo o sentido, o elemento, de um bailado barroco, com momentos simples, acessíveis à comum façanha, próprios também da comunidade. Ser contra é ser pleno, porque através da negação há a virtude de uma afirmação obscurecida em si mesma. E é desse elemento de vida e sombras que se constrói, se diz quando nega, se joga e depois é um amplo horizonte a matizar de quanto pormenor queira a vontade. Dizer não é quanto basta, há a acção (que há sempre) e esse estar se biografando é jogo e pânico da posteridade. Não seja é multidão e olvido. Passos perdidos sobre o mundo que, imperecível para nossa pouca substância de nenhuma perenidade, reclama por isso mais agudo senso, ideação ainda que daninha, dimensão de última fronteira. |
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