(s/ título)
Anulado. Laborais no pernicioso embalo de uma perfeita homeostase. Não te afecta o tempo; desconhecida é, já, a háptica alegria; restas, por fim, imunizado a qualquer temperatura. Por outro lado, nem no pensar há encontro, sempiterno, obnubilado pela comum destinação. Apenas sabes, confusamente, que não sejas quem és; mas, nem um outro, ainda que pior. Aperta-te o penar de, sequer, sentir sofrimento. Mesmo se alguém te convoca, repondeis ao comando dos viventes com a embotada razão de uma sombra, como todas, impermeável e estranha à chã matéria. (como vêem, padece, o pobre, de um peculiar tipo d'inexistência). Pois que, na imperecível esfera do cosmo, seguindo primordial saber, o centro é todo o lugar. Mas, porque assim o é, tal de tal sorte daí se retira que seja lugar algum; ergo s'equivalem âmago e periferia. Como esse inexiste – não pode, aliás, existir – concluo que o orbe, Aquiles finado mas, de pés, entre todos o mais veloz e tu, caro leitor, são um sonho d'onírica progenitura. |
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