(s/ título)
Todo o universo
12:30
M'inspira pavor. Por isso, prefiro a Doce alienação; Deixar, paulatinamente, Entrar a noite. Por isso m'escondo da manhã, renego o Sol e todo o apolíneo. Mas, seja ponto assente, que nem Dioniso m'acode pois se nego, mesmo, qualquer orgiástico êxtase. O que resta mais que vaga tenção? Um diáfano sentimento por uma obscura divindade Ainda por nomear. Quando, acaso, m'escolhe um espelho Pugno pl'o olvido (e a manhã é, também, um espelho). Há quanto tempo isto dura? Desde que me soube sabendo, Suspecto de que prevalece o irreal; Tudo soa um pouco a falso E, é por demais evidente, quão frágil é O momento. Por isso, por fim, não viajo. Para quê se tenho o Longe De mim tão perto? |
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