(s/ título)
Divisei um processo técnico e esotérico em que todo o "como se" se torna infindo, infame e - confesso - um pouco enfadonho. Passo d'imediato a explicar sem deixar, com tudo, d'avisar e de, divertido, advertir da extrema pericolosidade em tom helicoidal daquilo que é necessário conseguir e assegurar para que se cumpra o desiderato desejado no delicado experimento, que fará, deserto, estremecer os mais frágeis e amedrontar os mais valentes sem contar - claro está - no estado estuporado em que recaem os insolentes em virtude da qual, a impudica insolência que, de moral, é insolvência, porque não é sem mais nem mais porquê que um qualquer engraçadinho s'abalança na destemperada e tempestuosa tarefa que aqui proponho. Antes pelo contrário, é absolutamente imperioso, de vinculativo comando, estar bem ciente e consciente da multitude de perigos e maleitas que uma empresa desta natureza impõe, exigindo atenção singela, dobrada e redobrada àqueles que de mais s'aventurar são nas aventuras o que - é consabido - redunda em amargosas desventuras e, quiçá, em palavrosas venturas. E como nada quero que prejudique os caríssimos ouvintes e, ademais, como prefiro evitar onerosos pleitos, sou logo de realçar os aspectos melindrosos que estes peculiares procedimentos portam consigo, quer para o comum concidadão quer para o estudioso ávido de saber, uns e outros atreitos ao infausto da distracção, os primeiros pela consabida impreparação própria à sua congenial proveniência e os segundos por sobreexcesso de sapiência e temerário desprendimento das coisas vulgares do mundo e, por consequência, vulneráveis ao ensandecedor choque da transubstanciação do que, mesmo agora, acabei por, em voz, fazer. |
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