Depresssssaaaa
Escreve escreve escreve depressa, não há tempo a perder, ao tempo que foi o tempo em que havia tempo, agora já não há, tempo, escreve depressa antes que acabe o tempo que urge, o tempo, corre mais do que um corcel em grande tropel, o tempo, escreve depressa, que se acabam as horas os minutos e os segundos, que tique que taque, e já passaram uns quantos, segundos, que se vão juntar aos demais, que já passaram e que estão à espera, impacientes, cientes, porém, que muito não faltará para que os seus apressados irmãos a eles se reunam. Mesmo as horas, mais pachorrentas, passam, caladas pela calada, até ao último grão, desta grande ampulheta, de tamanhos diversos, com destinos dispersos, que é a vida, comprimida contra o vidro elegante da passagem do tempo pela garganta estreita da eternidade.
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