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Ao auspicioso mesmo que se não cumpra.
À manhã d’Estio ainda que sobrevenha a borrasca. Às promessas que se dão por não-escritas. À sorte que é um símile de capricho. À oferenda tóxica. Só a morte é constante & fiel. ![]() ![]()
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Caçai, de preferência, os sem-esperança: esses melhor acolherão a chacina. Em alternativa, mas com o mesmo efeito, cercai os de toda-a-fé. ![]() ![]()
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Dai razão à razão nova. Forte o corpo em novidade (não porque cada gesto seja novo mas porque a matéria é tudo). ![]() ![]()
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(…)
- Dançaste furiosamente? - Sim, dancei. - E comeste a carne dos corpos? - Sim, comi. - Então serás bem-vindo. ![]() ![]()
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A revolta é preciso… da insidiosa esperança um mundo de cinzas. ![]() ![]()
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Em um desejo d’absoluto, um querer de doçura… quanto d’amaro haverá? A lusa pulsão para o mesquinho, infra-crer quando se quer tudo. ![]() ![]()
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A vida dá seus dons a esmo: agora um requinte, então, d’irónico acinte, um pedaço de pesadelo. ![]() ![]()
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Existir: com uma única & una gota de realidade. ![]() ![]()
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Tudo se consome. Tudo? Primeiro o número de tuas exalações; o tempo que nos é dado manter esta forma; a própria ilusão de que alguma cousa vale a pena. Talvez a escrita, com suas propriedades d'alquimia, transmute o radical desencanto naquela gota de verdade que, por quanto em dose homeopática, vindicará a existência. ![]() ![]()
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Dessa matéria negra de frio e pavor. No espéculo polícromo do segredo está a cifra d'obsessão. Queria, antes, vogar no torpor, manhã d'Estio, e essa água (primordial) de bálsamo. ![]() ![]() |