31 dezembro 2008
(s/ título)
Todo romantismo
Se paga c'o acervo
Do nada.
Que, sendo vasto
Mundaréu de cousa nenhuma,
Permanece impermeável a qualquer
transumante transmutação.
Ora dessa mesma matéria,
d'irrisão
e
deletéria,
também eu construí.
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30 dezembro 2008
(s/ título)
Sou pleno,
De rasa medida
Da cousa nenhuma.
Daquela que todos sabeis
Mas que é matéria d'olvido.
A tal que cantam poetas até à loucura.
Que dói na alma, que atormenta o dia, que dá alvura à negra noite.
E se soubesse como a perder, perdia.
Como m'ocultar, fugia.
E porque o não sei
M'escrevo.
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29 dezembro 2008
O Poema do "Que"
Que haja
Extrema depuração
Sob a asa tutelar
De um anjo benfazejo.
Que se desenlace
O porvir
Ao primeiro alvor
Da manhã.
Que se sirva
O pão
Que se prove
O vinho
Na exacta e justa medida
Que convém aos homens.
Que seja administrada,
Prazentosa,
A Panaceia.
Que cante a ave canora.
Que s'anile o céu.
Que se monde o Mar.
Que s'aqueça o fogo
No Lar.
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28 dezembro 2008
(s/ título)
Desejara
A depuração extrema
Sob a asa tutelar
De um benfazejo Anjo.
Usar a palavra
Como paleta de cor-infinita.
Estrito, d'ortodoxa mania.
Ser rigoroso
À infinitesimal estrutura
(de vertigem e,
desafiadora,
desmesura).
Acolher, a fim,
O inevitável
Final-silêncio.
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27 dezembro 2008
(s/ título)
Meus poemas
São de fácil
Gostar.
As ideias?
Poucas.
As palavras?
Muitas.
O sentir?
Imenso.
Mesmo que postiço,
Dançando em artifício.
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26 dezembro 2008
(s/ título)
De procrastinante
Tenção
Quisera que nunca
Chegasse a Hora.
E, assim, subtraído
Àquela que todos
Temem
Mas que sempre
Vem
&
Chega,
Apenas para nos levar.
Só mais um dia,
Um dia a mais s'iterando
Em plácida sensatez.
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25 dezembro 2008
(s/ título)
De tanta errância pla Verdade
chega-se à raia da mentira
fímbria de Sol de luz umbrada.
Não adianta a lucidez que se tem,
Que se julga ter.
Não basta o contentamento suave
De uma manhã d'Estio.
O íntimo artifício
relembra-nos da
primeva condenação:
Restar, sabendo-o,
A ser.
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24 dezembro 2008
(s/ título)
Tenho a força
De mil sóis
Mas tremo
Ante a
(mais ténue)
Escuridão.
Quem sou eu
Senão um sonho?
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23 dezembro 2008
(s/ título)
verdade,
alma
e lucidez
e muitos, muitos
precários absolutos
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22 dezembro 2008
(s/ título)
A Elegia dos Aflitos
É de gesta inane.
Sonho inerte
Onde a lucidez
Própria desse
Etéreo reino
Transbrilha no refluxo
De si mesma.
E, mesmo que a tivesse,
Velando,
Assim que passasse a perdia
Como se-me perdem
As palavras.
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21 dezembro 2008
(s/ título)
Flutuar,
Pairando sempre,
Plo intraespaço de mim.
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20 dezembro 2008
(s/ título)
A tão esperada franquia dos dourados portões (da solvente memória? do olvido?) acompanhado por um anjo conciliador.
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19 dezembro 2008
(s/ título)
Lugar da vertigem é a carne tenra, morna dos corpos. Essoutros espelhos que dizem da alma, superfície polida. Ousa ousar e não temas a chama. Cousa diferente é elástico gato, grácil como ele só.
Ainda outro dia a manhã foi imensa. Agora, que tudo é noite, nem s'entrevê mais do que o cone de luz onde passa uma sombra.
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18 dezembro 2008
(s/ título)
Lograr a exacta
Heterogeneidade.
Assumir a dissonância
De vária tenção.
Repetir, repetir, repetir.
Percutir.
Repercutir.
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17 dezembro 2008
(s/ título)
Deu-se o caso,
Por acaso,
Do percalço
Desse caso.
Era caso,
por acaso,
de tão funesto
Fim?
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16 dezembro 2008
(s/ título)
Tanto faço,
Sem do mesmo lugar sair,
C'acontece
O milagre de ser.
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15 dezembro 2008
(s/ título)
A negra amplitude
Do quanto há
A sofrer
(e é muito).
O tempo que passa
A tempestade que fica.
Réstia fatal
Do dia final.
Hoje.
Ontem.
Amanhã
(pla mais tenra alba).
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14 dezembro 2008
(s/ título)
Quisera cantar
Quanta vária cousa há
No côncavo-convexo
Do vast'Universo.
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13 dezembro 2008
(s/ título)
A alma
O som
A vária loucura
Pois é demencial aquele que canta
Pois é demencial aquele que canta.
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12 dezembro 2008
(s/ título)
Melhor, melhor, melhor,
Ainda melhor.
Mais alto é o voo
Quando se renega
O peso de ser.
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04 dezembro 2008
(s/ título)
Hoje sonhei que era um pássaro.
Ontem, um peixe.
Amanhã sonharei que sou um homem.
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03 dezembro 2008
(s/ título)
O clássico cérebro.
A perfeição é um rio
De águas turvas.
Não sentes a vibração
Na teia?
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02 dezembro 2008
(s/ título)
Mesmo que, ao anjo,
Tivesse sido conferido
O sonho
Teria ele de saber
O que o tempo é
O que a morte é
Enfim,
O que, em todo o sentido,
É estar perecendo.
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01 dezembro 2008
(s/ título)
O máximo rigor no delírio.
Eis a magna tarefa.
E, assim,
Expurgar todo o impreciso.
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Nome: João Pereira de Matos Cidade: Lisboa
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