A Fúria Vazia d’Escrita Infinita
São claros os riscos e armadilhas de uma escrita narrativa (demasiadamente) abstracta-conceptual: justamente o de nela nos perdermos, tendo em conta a sobre-excessiva exploração de tal tom pela contemporaneidade. A angústia e a loucura, o primado do eu e o subjectivismo mais ou menos idealista são, por isso, temas dificílimos. Mas, como se viu, não por razões intrínsecas. Há, contudo, várias soluções ou caminhos: enfrentar tais espinhos com violento furor. A lembrar sempre: não há verdadeira escolha na daimónica experiência. E, finalmente: o mundo é lugar d’ inclemência. Não pode haver fraqueza. Não pode haver hesitação. Não pode haver compromisso. Ter-se-á d’inventar a literatura com a força e frescura do Olhar Novo qu’inaugura (como qualquer, da mesma sorte e jaez, conquanto único). post scriptum: a preocupação de ir ao encontro do gosto alheio deve ser, por tudo isso, rigorosamente, excluída do processo. ![]() ![]() |
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