D’Intelectivo (Extravagante) Esplendor
Queria ser dess’inteligência universal que não chama a nada deste mundo d’estrangeiro ao seu entendimento, racional-total, sem íntima pesporrência nem cínica inocência; d’inventar mais do que dialectal linguagem a cada hora de cada dia; porém que todos as entendessem, porquanto a ninguém seria estranho tal vero e fundo nomear. E cada cogitação seria toda a história dos tempos e tempos que leva de memória a idade dos povos, e cada palavra apenas música e policroma sinfonia e em cada uma, cifrado, o algoritmo da vida e do cosmo. Como Mneomósine, ter seu atributo pan-englobante que não deixasse de recordar todos os momentos de cada coisa, vista, ouvida, tocada, de sabor e oloroso fulgor, transfixando na compreensão de sua plenitude o vasto e o ínfimo. Mais e mais. Subtraído ao erro e tão fatal errância. Atuando os anjos e segurando de mão firme o tacteante ancião, nóvel criança. Resolver os enigmas, já não distinguindo se lúcida embriaguês se êxtase de serena bondade. Excogitando etéreos nimbos de pleno pensar. Quebrar, por fim, os elos de finitude que me cingem à existência de quem isso tudo concebe sem nunca o poder alcançar. |
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