(s/ título)
sem terror, nem um lamento, entrar na larga vastidão negra, imenso rio de toda calma onde, dúctil, só não a esperança por falta de som, alor ou matéria, porque, nesse lado das coisas, tudo é vago e fácil e cego, o tempo mesmo é oco, átono, sem um sentido; o sentido, ele próprio vazio, embora, nem continente nem conteúdo sequer hajam, e, bem assim, qualquer querença, mãos, cabeça, sóis e lua, água e contágio da falaz doença a que vós, viventes e sobreviventes, tomais pelo certo e por bom. ![]() ![]() |
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