(Do Manual d'Escrita #1)
Distingamos acabamento de completude em um texto: esta a forma final e talvez a ideada ainda que não cumprida - o pormenor e a gralha podem ser supridos por outrem; daquele dir-se-á o seguinte: é mais e melhor acabado um texto na Pleiade ou em boa edição crítica. ![]() ![]()
(s/ título)
Escrevo apenas para ti - meu exegeta.
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(s/ título)
Mesmo se vencidos forem os anos, só restará um tempo-de-despedida. ![]() ![]()
(s/ título)
Todo o evento é cor e é sonho: há qualquer coisa que te toca mas o pormenor é imaginado. ![]() ![]()
(s/ título)
Um tempo de
Não-sei-cor
A álea: teu
destino
um
não-lugar
vaga-memória
Ainda:
Venenos &
contra-pesos ![]() ![]()
(s/ título)
Pensai & querei a máxima novação em tudo, ainda que tal seja impossível.
Nesse "como se" consciente reside o alor, a fé em esperança no gesto radical e bom. ![]() ![]()
(s/ título)
Uma forma de perfeitude talvez seja o conhecimento universal & que perdure, de todas as tuas palavras, de todas as tuas fórmulas e soluções a ponto de ser esse um padrão do discurso das gentes. ![]() ![]()
(s/ título)
Os mistérios do tempo-sem-hora: aquilo que é do sentir é, em si mesmo, cifra-cerrada. Em um momento todo o caleidoscópio da existência; ínfimo-infinito; rápido na memória o que antes fora distenso.
Eis as idades-da-vida. ![]() ![]() |