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Peço a Deus que me dê asas
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Mas que isso me não transmute Em mensageiro (qualquer banalidade é outra forma d’inferno)
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Fundos de tristeza
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Mágoas de polícromo cinzento Quereis luz e Sol Sangue quente &'scarlate De líquida hecatombe?
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A Máquina d’Holocausto é orto de temprança. Não só por ser a morte superior vindicação da vida, mas ainda porque é moto autopulsante do abscôndito ego.
abscheid
Com espanto lunar
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Foi-se o tempo. Ir-se-á agora o mundo. Não já a caminhada d’outrora.
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O berço de teu sentido
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É língua de cinco lâminas Em cada uma Ambos os fios ferem Ambos os fios evisceram Ambos os fios matam Mas isso não é logo Tem demora de muitos anos
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Eis, finalmente, os últimos dias, aqueles do fim…
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Nada é para sempre, apenas subsiste o impermanente.
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Aquilo que desconheces é o mundo
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Mas o poeta tem de saber da ínfima cousa Não para lhe tirar o ardor e frescura - esses serão preservados - Antes é um labor demiúrgico: Criando mil orbes outros Dar conta fiel deste & seu |