(s/ título)
do nada, nada se tira; do nada, nada se faz pois, o nada, nada traz; no nada não há caminho, nem curva, nem vereda, e mesmo o adivinho, do nada não dá conselho; o nada não tem matiz, o nada não tem cariz, o nada nem tem nariz; o nada é como quem diz: nada; o nada não é infeliz; o nada não é feliz; e se, o nada é o nada, o nada, nada é; o nada não é contentor; o nada não é conteúdo; o nada não é desertor; o nada não é abelhudo; o nada não tem tamanho e cabe na palma da mão; o nada é desmesura, da total imensidão; o nada não existe, mas está por todo o lugar; o nada nem é fantasma, sentado aqui ao teu lado, em forma de protoplasma, de ar esverdeado; o nada não é novo; o nada não é velho; o nada é sempre novo; o nada sempre foi velho; do nada eu me gerei e para o nada, de novo, irei; ![]() ![]()
"Diasmundo no País d'Ascrita"
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