23 setembro 2009
s/ título
Aquilo que é mais efémero melhor toca a face da eternidade. O porquê desse improvável amplexo preencheu a vida de tão estranha raça.
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22 setembro 2009
s/ título
Tempos houve em que ainda pouco era. Apenas os elementos jogavam.
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21 setembro 2009
s/ título
Pensar. Confabular uma urdidura perene. O dia é lonjura; a noite aperta e acolhe. Os centauros descansam na rocha solar pois vêem melhor do que ninguém.
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20 setembro 2009
(s/ título)
Tardofranquia dos sacros portões. Doctor Angelicus e seus albialados mestres.
Cintilante é a memória dos imperecíveis. Alheios a qualquer corrupção, puderam aperfeiçoar o ínfimo gesto até à vera total imobilidade. Ad seculum seculorum.
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19 setembro 2009
s/ título
a inteligência absoluta
só acolhe seu justo favor
em presença
da hiper-intelecção creativa.
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18 setembro 2009
s/ título
Uma escrita para além da escrita. Que todos desejem. Pois, à força do muito querer talvez s'alcance. A transpalavra. O cosmo mesmo se curvará em recato. Um mundo outro s'inaugura. Consagrados aos deuses, à alba, ao humilde riacho que dá de beber à humanidade toda.
Queima o Sol e tanto, então, é d'argento. Nesse momento exacto poderá deflagrar isso que permanece represo em oxalá.
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17 setembro 2009
s/ título
O afã em fervor laboratório
é tudo & mais ainda
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16 setembro 2009
D'infausta Certeza
É certo que unido c'o a forja está o ferreiro,
Dono da cova é o coveiro,
O moleiro não tem dente, nem come pão;
E o pescador rapará sempre as magr'espinhas.
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15 setembro 2009
s/ título
Auto ou hetero-referenciada, a arte, mas rarefeita. Expurgada de simbolismo, de si mesma, de todo elemento espúrio.
Mas, ainda (repita-se: ainda), mistérica.
Esventrai a barriga da besta. Como ignorá-lo?
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14 setembro 2009
s/ título
Insertos insectos
Não t'ampliam
A saúde.
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13 setembro 2009
s/ título
[repetindo]
Quisera a sorte cansada
Viver em nova d'oxalá
Adiar o prazer
Em quadros
D'agradável proporção.
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12 setembro 2009
s/ título
No afã comunicante
o que importa é passar a palavra
da palavra
a minha ou d'outro qualquer
que – d'outrora ao porvir -
a Literatura
é tudo o mesmo.
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11 setembro 2009
Palavra Cruzada
Era uma vez
Um olhar de viés
Era outra um arrás
D'ouropeis
Ou um deus
sem ara ou fiéis
(que)
Pl'um óculo
Viu uns papéis.
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10 setembro 2009
s/ balanço
Depois do torpor estival (mas sem balanço ou soçobrante tenção) a minuciosa labuta.
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Nome: João Pereira de Matos Cidade: Lisboa
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