26 abril 2007
Latinório Perfunctório
Ai, rosa pétala de flor;
Rosa, ai, pétala de flor.
19:55 | 0 Comentários

19 abril 2007
ainda um conselho:
olho vivo & pestana aberta

e a vida não aperta
21:34 | 0 Comentários

18 abril 2007
(s/ tírulo)
muito esperto


mas



pouco certo

04:05 | 0 Comentários

17 abril 2007
Moral Ingente (canção d'indigente)
sem trabalho só tens rebotalho

porém:

quem muito trabalha
jamais s'atrapalha
00:19 | 0 Comentários

16 abril 2007
(s/ título)
louvai e leixai quedar-se em santa justiça senhor, que tamanha lhaneza não tem nem haver se pode em justa medida. assim como a feroz escarninha linguagem da gente e dos homens que entorpece o audível sentido com assaz viperina pertinência em malamor por quem, de todos, se faz a mais ingente d'indefesa inconfessa singela candura.
01:45 | 0 Comentários

15 abril 2007
(s/ título)
Pode ser que um dia seja, faça, respire com todo outro desafogo; que a constrição, apertada d'asfixia d'assim ser como sou, me não permite diversa coisa.
00:06 | 0 Comentários

12 abril 2007
(luna)
doç'alva Selene, derramai sobre mi vostra luz
01:58 | 0 Comentários

11 abril 2007
(s/ título)
Eis o mote. Que soem as glosas.
23:16 | 0 Comentários

10 abril 2007
Desenfado
Quereis vós, em terra de pouca fartura, mandar cantar o galo?
Ó, desafortunado, pois d’onde inté magra é a miséria, por todos os santos e bentas almas, rezando três seis novenas, não haurem o favor d’uma pinga d’orvalho ou d’espiga sã. Árida dura terra, sejam mais duras as gentes, moldadas no cadinho da provação que, por tanto e por tal, de ríspida e tenaz ordenança e cuidado não acolhem luxos e sedas.
Mas vós, galarí galaró, quereis cantigas.
01:57 | 0 Comentários

09 abril 2007
O choro de Quijano
D'ininteligível ao suave soar consubstanciante de miríficos murmúrios desse tanger, que nos permeia e a todos, onde, por virtude benfazeja ou aziaga, d'angustiados angustiantes passamentos, de quantos sóis (e luas feéricas d'alba e alvor) nos foram, desde os recessos mais esconsos do porvir, predestinados. E quanto de rio e de pó, desafortunada del Toboso, de feroz mas sábio contentamento, residirá nesse âmago perene que s'evade íntegro, à pertinaz e consabida corrupção?
01:40 | 0 Comentários

08 abril 2007
(s/ título)
não compreende, nem compreender pode, a irredutibilidade de signo e sinal, nem fora, ademais e certamente, a renúncia à palavra trans-sideral.
01:33 | 0 Comentários

07 abril 2007
Nunc Stans
Imperfeito na minha imperfeição choro e lamento, pedindo em compungido recesso a força que outrora foi dos homens e antes dos bichos e antes do semideus e antes do deus e antes do titã amargurado e antes da noite e antes da água e antes do navio silencioso e antes do átomo de nada do qual brotou a tartaruga que suporta o elefante que sustém aquele mirífico centípede que enlaça o que tão forte é que segura o orbe em suas já gastas espaldas.
01:11 | 0 Comentários

06 abril 2007
(s/ título)
Porquê aquela destinação - que sei?- e que sofre, pois se fica e se pára mas não permanece, diáfano manto d'escuritude ou luz d'alba pura irradiante? encandeia, então, e afasta a Cruenta convidando-a, aos supetões e arrecuas, a sair para o lado de onde, desde sempre, vai, daninha a ceifeira, e vem, do puro em antes do tempo tempo ser, mordendo os calcanhares inté ao alto d'espinhaço, d'humanas anelantes creaturas.
00:40 | 0 Comentários

05 abril 2007
(s/ título)
Qual a raiz da essencial essência, daquilo que fica e permanece, imoto e perfeito, flor e cálamo, alor e frescura, d'alba? Onde estão os suaves, os doces arreios desta servidão?
Que fique o que deve ficar, o melhor do tanto de quanto, oferta d'imensa alvura.
01:14 | 0 Comentários

04 abril 2007
(s/ título)
De sauve sentir nunca &, já sem espera, me dizem que era de prever e porque não? Onde s'acoita a suavidade nest'aspereza instante, que acertar (no que seja e pra que veja) não é comigo. Não é, foi ou será, acrescenta unissonamente quem m'escuta. Queres, ademais, ser alguém? Tu que não vives nem és, almejas a ser, e não qualquer coisa, ou pedra ou escopro mas gente de própria e altiva figura. Falar e dizer, opinativo, isto fica, isto vai. Menos que chuva és, gota evanescente, sopro de brisa de mar, mal se sente e se não vê. Onde o lugar neste mundo?
02:37 | 0 Comentários

03 abril 2007
(s/ título)
& só os loucos; tenazes, tenazmente executam su obra feérica
21:03 | 0 Comentários

02 abril 2007
(s/ título)
do suave sonido ao largo & vasto zombar
05:34 | 0 Comentários

01 abril 2007
(s/ título)
refresca os olhos, doce centípede, que d'amara ingrata amargura já muito tu viste, porquanto, anelas - nos centos d'aneis, que vários corpos pouco seriam para recombinar conjunto mais íntegro e orgânico - pelo uno puro e singelo da beatífica tranquilidade reservada pelo incontesto Senhor da creação àqueles que, d'entre todos - e quantos? aos centos - se mostrarem de pura alma e querer e por ditos e feitos revelarem, por exemplar figura, as melhores virtudes de Sua intenção.
00:50 | 0 Comentários

Nome: João Pereira de Matos Cidade: Lisboa
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